SOS Imprensa promove debate sobre cobertura da UnB pela Mídia

Mesa reuniu representantes do SOS Imprensa, Secretaria de Comunicação da UnB, Centro Acadêmico de Geologia UnB e prefeito dos campi UnB

Por Ramilla Rodrigues

Nesta quarta-feira (26) ocorreu, no auditório da Faculdade de Comunicação, um debate sobre a cobertura de mídia sobre a UnB, em especial, sobre a repercussão das matérias veiculadas pelo DFTV. O debate contou com as participações do professor Luiz Martins, da secretária-executiva da Secretaria de Comunicação da UnB Ana Beatriz Magno, do representante do Centro Acadêmico (CAP)de Geologia UnB Túlio Marques e do Prefeito dos campi UnB Paulo César Marques.
"Houve um dano moral coletivo" afirmou Martins. Uma das disciplinas lecionadas pelo professor na FAC UnB é Ética na Comunicação, que visa ensinar aos alunos a conduta ética na produção de conteúdos mediáticos.
Túlio Marques, membro do CA de Geologia, explicou que as reportagens não foram um ataque apenas ao CA de Geologia, mas sim a todos os CAs e a UnB como um todo. A seguir, Paulo César Marques, prefeito dos Campi da UnB deu sua versão sobre a reportagem do DFTV e afirmou que em momento algum foi preso pelos estudantes. "Saí na hora que quis" afirma.
A Secretaria de Comunicação da UnB, representada por Ana Beatriz Magno, também explicou sobre sua cobertura sobre o "Corredor da Morte". Segundo Ana Beatriz, o artigo escrito e assinado por ela, não teve finalidade de atacar os Centros Acadêmicos: "Meu artigo não foi contra a existência de CAs, mas sim contra as condições do local onde se encontram".
Outras questões foram levantadas durante o debate. Danilo, estudante da FAC e membro do CA de Comunicação, distribui, no começo do debate, uma cópia de solicitação para que a Secom criasse uma ouvidoria e atendesse as críticas dos estudantes sobre a cobertura de notícias, e que foi referendada em assembleia. Ana Beatriz não descartou a criação da ouvidoria, porém sobre o nome de Comissão de Leitores. Outros aspectos também foram lembrados pelo público presente, como a carência de notícias sobre os demais campi da UnB, a questão de ética da fontes e o destino dos CAs e Corredor da Morte.
Durante o debate, algumas pessoas perguntaram,via twitter,sobre a ausência da TV Globo. Pela rede social, representantes do SOS Imprensa, promotor do evento, e por meio do professor Luiz Martins, esclareceram que a emissora foi contactada e recebeu um convite formal. Porém, via e-mail, a Rede Globo DF justificou a ausência ressaltando que a falta de disponibilidade de representantes.Uma pena. A presença da Rede Globo DF seria fundamental para que todos os lados realmente fossem ouvidos. Infelizmente, os estudantes têm a sensação que reportagens com esse viés não são as primeiras, nem serão as últimas.